Jorge
Luis Borges é um daqueles escritores que é difícil de definir.
Difícil definir a grandeza de sua influência e o tamanho de sua
maestria no conto. O próprio Borges dizia; “Que outros se gabem do
que escreveram, eu me gabo do que li.”.Nessa
antologia pessoal, Borges, diz ter colocado os textos que mais
guardava na memória. Ele, que ficou cego aos 55 anos, podia escrever
como poucos o texto em prosa. A primeira vez que li Borges, foi
precisamente o conto O Aleph, presente nessa antologia. A impressão
que tive foi de encontrar um contista que escrevia como poeta, cada
palavra, cada vírgula, cada linha em branco era deixada de propósito
para uma melhor sonoridade, para um melhor entendimento.Borges
e seu conterrâneo Julio Cortazar são considerados os maiores
contistas da América, e diria que se não fosse Tchekov seriam os
maiores da história. Outra parte que é mostrada na antologia é a
poesia de Borges, sempre leitor de clássicos e apegado a divina
comédia e Dom Quixote, a poesia de Borges é forte, é clássica, é
bela. Só pelo Aleph e pelo Zahir este livro já vale a pena, porém
ele ainda consegue encantar os mais ávidos leitores de poesia.
Realmente uma boa seleção para tentar resumir uma vida inteira
escrevendo obras-primas.
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