Anton
Tchekhov é um nome que impõe respeito na literatura. Muitos
críticos o consideram o maior contista de todos. É um título e
tanto num mundo onde também existiram Cortázar e Borges, mas ele é
justo.
Tchekhov, que era médico antes de escritor, trouxe para a literatura descrições objetivas, específicas, sentidas. Nesse caso de resenha a descrição do autor se une a da obra, pois O Duelo, assim como em outras obras do autor, demonstra o russo do interior, o russo longe das grandes cidades. Os personagens revelam um tom de simplicidade e uma existência bucólica que foge dos personagens abordados por outros grandes autores russos. É nessa sociedade real e simples que os personagens de O Duelo interagem entre si.
Esses personagens travam vários duelos; o duelo de um casal que já não se ama, o duelo de ideias entre homens opostos, o duelo entre liberdade moral e o conservadorismo de uma cidade provinciana. É um livro belíssimo, onde Tchekhov trata de um tema muito discutido em sua época; o homem supérfluo. O texto é curto se comparado a outros clássicos da literatura russa, porém de uma importância igual, já que serviu de influência para Joyce, Camus, Sartre e qualquer escritor posterior a Tchekhov que prezava pela descrição simples e eficiente.
O Duelo é um livro que, para permitir ao leitor a surpresa e o prazer da obra, a resenha não deve revelar detalhes dos personagens. Deixo para os leitores que se dispuserem a ler essa obra-prima descobrir os traços dos personagens pelas palavras do grande mestre que foi Tchekhov. Gosto de me impor a decidir qual o melhor livro que li em cada ano, e digo, com certeza, que em 2016 foi O Duelo de Anton Tchekhov a minha mais bela descoberta.
Tchekhov, que era médico antes de escritor, trouxe para a literatura descrições objetivas, específicas, sentidas. Nesse caso de resenha a descrição do autor se une a da obra, pois O Duelo, assim como em outras obras do autor, demonstra o russo do interior, o russo longe das grandes cidades. Os personagens revelam um tom de simplicidade e uma existência bucólica que foge dos personagens abordados por outros grandes autores russos. É nessa sociedade real e simples que os personagens de O Duelo interagem entre si.
Esses personagens travam vários duelos; o duelo de um casal que já não se ama, o duelo de ideias entre homens opostos, o duelo entre liberdade moral e o conservadorismo de uma cidade provinciana. É um livro belíssimo, onde Tchekhov trata de um tema muito discutido em sua época; o homem supérfluo. O texto é curto se comparado a outros clássicos da literatura russa, porém de uma importância igual, já que serviu de influência para Joyce, Camus, Sartre e qualquer escritor posterior a Tchekhov que prezava pela descrição simples e eficiente.
O Duelo é um livro que, para permitir ao leitor a surpresa e o prazer da obra, a resenha não deve revelar detalhes dos personagens. Deixo para os leitores que se dispuserem a ler essa obra-prima descobrir os traços dos personagens pelas palavras do grande mestre que foi Tchekhov. Gosto de me impor a decidir qual o melhor livro que li em cada ano, e digo, com certeza, que em 2016 foi O Duelo de Anton Tchekhov a minha mais bela descoberta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário